domingo, 3 de fevereiro de 2013

Dança cabo-verdiana


   A Dança cabo-verdiana, tanto a tradicional como a contemporânea, está bastante ligada aos ritmos musicais mais populares, como a morna, a coladeira, o funaná, o batuque, o colá e o talaia-baixo.
  Mas persistem, sobretudo nas ilhas de Boa Vista, Santo Antão, Brava e São Nicolau, a tradição de danças outrora em voga como o xotice, a contradança, a mazurca, o kanizade e a polka.
  Com a Independência Nacional, ressurgia a ideia da valorização das artes nacionais e, nessa senda, a dança ganhou dimensão através do surgimento de alguns grupos, sobretudo na Praia e em São Vicente.
  Em termos mais contemporâneos, Cabo Verde tem se afirmado na dança, graças ao Grupo Raiz di Polon. Uma companhia que sem deixar de apresentar o tradicional cabo-verdiano, se afirma internacionalmente com a estilização do bailado moderno, próximo às performances de ballet e de artes cénicas. De destacar o papel de Mano Preto na afirmação dessa penetração internacional.


  Faunaná:
  Como dança, o funaná é dançado aos pares,sendo ela a mais frenética e rápida das danças de pares .Nesta dança o cavalheiro enlaça o parcero com um braço , enquanto que com o outro braço mantêm as mãos dadas. A dança é efetuada imprimindo rápidas e fortes flexões alternadas de cada um dos joelhos, marcando os tempos do compasso. No modo de dançar mais rural, os corpos são jogados para frente  para frente (havendo contacto nos ombros), e os pés levantam-se do chão. Antigamente, qualquer que fosse a festa (um casamento, um batizado, uma festa religiosa) era sempre ao som deste ritmo. Pode ser dançado a par ou individualmente. É uma dança quente, apaixonante, acelerada individualmente.

  Morna:
   Como dança, a morna é o estilo mais lento da dança  traduzindo os sentimentos do povo  caboverdiano como, por exemplo, a tristeza, a nostalgia e os problemas existentes. constitui uma dança de salão, dançada aos pares. O cavaleiro enlaça o parceiro enquanto que com o outro braço mantêm as mãos dadas. A dança é efectuada imprimindo duas oscilações do corpo, para um lado, num compasso da música, enquanto que no compasso seguinte as oscilações são feitas para o outro .Os passos são feitos em marcação quaternária (dois passos à frente, dois passos atrás). Trata-se verdadeiramente de um símbolo nacional, do mesmo modo que o tango é para a Argentina, a rumba para Cuba, o fado para Portugal, etc. 
  Coladeira:
  Como dança, a coladeira constitui uma dança de salão, dançada aos pares. É um estimlo mais vivo que a morna Os executantes dançam com um braço a enlaçar o parceiro enquanto que com o outro braço mantêm as mãos dadas. Em que o cavalheiro e a dama é relacionada ao arrastar de pés, com momentos de improvisação do cavalheiro que se afasta sob o olhar da dama . A dança é efetuada imprimindo duas oscilações do corpo e uma ondulação dos ombros, para um lado.

Mazurca:
  mazurca é uma dança tradicional de origem polaca, feita por pares formando figuras e desenhos diferentes, em compasso de ¾ e tempo vivo. Originada das cortes europeias .Característico é o ritmo pontuado, com acento típico no 2º e 3º tempo do compasso. Em que o papel dos pares está  ligado à movimentação em grupo .A mazurca era frequentemente utilizada pelos compositores da Polonia da era romântica, ChopinMoniuszkoomo  ou Wieniawski.Gêneros dançados, sobretudo nas ilhas Santo Antão, Boavista e São Nicolau.


  Cola:
  Como dança, o colá é tradicionalmente executado num desfile de rua. Pares de dançarinos executam um movimento marcado pelo tempo forte do ritmo, com rodopios e com avanços e recuos.




Batuque:
  Como dança, o batuque tradicional desenrola-se segundo um ritual preciso.
Numa sessão de batuque, um conjunto de intérpretes (quase sempre unicamente mulheres) organizam-se em círculo num cenário chamado terreru. Esse cenário não tem de ser um lugar específico, pode ser um quintal de uma casa ou no exterior, numa praça pública, por exemplo.
A peça musical começa com as executantes (que podem ou não ser simultaneamente batukaderas e kantaderas) desempenhando o primeiro movimento, enquanto que uma das executantes dirige-se para o interior do círculo para efectuar a dança. Neste primeiro movimento a dança é feita apenas com o oscilar do corpo, com o movimento alternado das pernas a marcar o tempo forte do ritmo.




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